Diante da falta de estrutura para fiscalizar o cumprimento da Lei Seca — como em Florianópolis, onde as blitze para coibir e flagrar motoristas alcoolizados atrasaram em quase 30 dias por falta de bafômetro — a Assembleia Legislativa de Santa Catarina vai formalizar a instalação de uma comissão permanente de combate e prevenção às drogas.
A primeira missão do grupo, já a partir de quarta-feira, será a de criar mecanismos para estancar os índices de mortes provocadas pela embriaguez ao volante.
Criada a partir de um fórum parlamentar, a comissão será implantada um mês após a divulgação de um estudo que colocou em xeque a eficiência da Lei Seca no Estado. Segundo o levantamento, dos 295 municípios, somente 73 dispunham de bafômetros — o que, invertendo a tabela, significa que 75% das cidades catarinenses não têm um equipamento sequer.
Na estreia das reuniões da comissão está prevista a entrega de cartilhas sobre a pesquisa para que os parlamentares apontem o que fazer para recuperar o quadro preocupante.
— Como fórum nós podíamos apenas levantar uma bandeira. Com a comissão, nós poderemos pensar em ações para solucionar o problema — explica o deputado Ismael dos Santos, indicado para a presidência do grupo.
Joice Bacelo / DC