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Adolescente de Criciúma é apreendido em operação nacional contra crimes cibernéticos envolvendo menores

Um adolescente de 17 anos foi apreendido na última terça-feira (15), dentro de uma escola em Criciúma, durante uma operação coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio de forças de segurança de diversos estados. A ação investiga uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos contra menores de idade.

A operação foi deflagrada simultaneamente em oito estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, a apreensão foi realizada por policiais civis da Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Criciúma.

Entre os crimes investigados estão tentativa de homicídio, instigação ao suicídio, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo, crimes de ódio e armazenamento e divulgação de pornografia infantil. A rede criminosa atuava principalmente em ambientes virtuais, aliciando e manipulando psicologicamente crianças e adolescentes.

As investigações começaram em fevereiro deste ano, após um ataque transmitido ao vivo pela internet, em que um adolescente lançou um coquetel molotov contra uma pessoa em situação de rua. A vítima, que dormia no momento da agressão, teve 70% do corpo queimado. O caso levantou alertas sobre a atuação de grupos extremistas em plataformas digitais e motivou o aprofundamento das investigações.

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), do Rio de Janeiro, identificou que o crime não foi um caso isolado, mas parte de uma atuação coordenada de um grupo criminoso que usava servidores e plataformas diversas para disseminar conteúdos violentos e ideologias extremistas. A investigação contou ainda com apoio de duas agências norte-americanas, responsáveis por elaborar relatórios sobre a extensão da atuação do grupo.

Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias, a policial civil Isabel Feijó, que participou da operação em Criciúma, destacou que o chamado “submundo virtual” tem se consolidado como ambiente para práticas ilícitas envolvendo menores. “Esses espaços digitais são usados para manipular emocionalmente crianças e adolescentes, expondo-os a conteúdos extremos, incentivando comportamentos violentos e, em casos mais graves, ao extremismo”, explicou.

Isabel também reforçou a importância da atuação preventiva por parte das famílias. “É essencial que pais e responsáveis estejam atentos ao que as crianças acessam no celular, especialmente em redes sociais e jogos online”, alertou.

A apreensão do adolescente em Criciúma é parte de um esforço conjunto para desarticular redes criminosas que operam de forma oculta na internet, colocando em risco a segurança de jovens e crianças em todo o país.

Ouça a entrevista completa com a policial civil Isabel Feijó: