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Corpo de Bombeiros Militar orienta produtores sobre prevenção de incêndios em estufas de fumo

As corporações de bombeiros da região Sul já registraram dezenas de casos de incêndio em estufas de fumo nesta safra. As estruturas são amplamente utilizadas para a secagem das folhas, um processo que envolve altas temperaturas e um ambiente fechado. No entanto, essas condições também tornam as estufas vulneráveis a incêndios, especialmente devido ao uso de equipamentos de aquecimento e à presença de materiais inflamáveis, como o próprio fumo seco.

No último domingo (10), a corporação de Lauro Müller atendeu mais um caso de incêndio em uma estufa, no Rio Capivaras do Meio. Felizmente os proprietários conseguiram controlar as chamas evitando danos maiores até a chegada dos bombeiros.

A produção de tabaco é uma atividade econômica crucial em várias regiões de Santa Catarina. Incêndios em estufas podem resultar em perdas significativas. Além dos prejuízos materiais, esses incidentes podem levar à perda de empregos sazonais e comprometer a qualidade do produto final.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, os principais fatores que contribuem para incêndios em estufas são:

• Fiação elétrica inadequada: A sobrecarga e o uso de instalações elétricas improvisadas podem gerar curto-circuitos.
• Manutenção deficiente dos equipamentos de aquecimento: Falhas em aquecedores, caldeiras e dutos de ventilação são comuns em estufas mais antigas ou mal mantidas.
• Acúmulo de resíduos: Folhas secas e outros materiais combustíveis podem facilitar a propagação do fogo.
• Falta de supervisão constante: A ausência de monitoramento adequado durante o processo de secagem aumenta o risco de acidentes.

Dicas de prevenção

Para minimizar os riscos de incêndios, o Corpo de Bombeiros recomenda aos produtores de tabaco uma série de medidas preventivas. Entre as principais orientações estão:

1. Realizar manutenção periódica nas instalações elétricas e nos sistemas de aquecimento das estufas.
2. Instalar extintores de incêndio próximos às estufas e garantir que os trabalhadores saibam como utilizá-los em caso de emergência.
3. Evitar o uso de materiais inflamáveis próximos às fontes de calor, incluindo armazenar folhas secas de fumo em locais adequados e afastados das estufas.
4. Monitorar continuamente a temperatura interna das estufas para evitar superaquecimento.
5. Manter o entorno da estufa limpo, removendo madeiras, folhas secas e outros resíduos que possam servir de combustível em caso de fogo.
6. Capacitar os funcionários para o reconhecimento de sinais de risco, como cheiro de queimado ou alterações bruscas na temperatura.

Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta terça-feira (12), o Sargento Flávio Costa Araujo, comandante do grupamento de bombeiros no município de Lauro Müller, repassou as principais dicas de prevenção para os produtores de fumo.

Ouça a entrevista completa: