Na última segunda-feira (6), o governador Jorginho Mello e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, apresentaram o Programa Estadual de Cirurgias Eletivas, com a meta de zerar, em até seis meses, a lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública de saúde do Estado.
O orçamento previsto é de R$ 235 milhões para o Fila Zero até 2026. Estão incluídas no Programa também as pessoas que aguardam por consultas cirúrgicas, exames e diagnósticos, assegurando atendimento prioritário aos pacientes oncológicos. Mais de 225 mil catarinenses serão diretamente beneficiados.
Sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde, o Grupo de Trabalho, criado no dia 13 de janeiro com a participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde; rede hospitalar credenciada de prestadores de serviços, vinculada ao SUS (Ahesc, Fehosc e Fehoesc), além do colegiado de Consórcios Públicos de Santa Catarina, identificou os principais gargalos na lista de espera do sistema de regulação, levantou a capacidade contratualizada nos hospitais sob gestão estadual e a média de procedimentos dos últimos meses e identificou as fontes de recursos.
Com isso, foi possível estabelecer as prioridades e as diretrizes do Plano, que já começou a ser executado pelos envolvidos. As demandas mais reprimidas estão relacionadas a ortopedia, cirurgia geral e geniturinário: joelho, quadril, ombro e coluna; aparelho digestivo: vesícula e vias biliares, hérnias, gastroplastias; histerectomias, vasectomias, laqueaduras e cálculos renais; varizes, angioplastias e ablações.
Durante entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta quarta-feira (8), o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems) Daisson Trevisol, comentou sobre o programa lançado pelo Governo do Estado.
“Olha, nós somos otimistas de que dá pra melhorar o processo todo, que dá pra reduzir o tempo de espera nas filas. Mas, nós não estamos otimistas no sentido de que em seis meses isso vai acabar com a fila. Isso não é algo que realmente vá acontecer. O que vai acontecer é que a fila vai começar a andar um pouquinho mais célere, mais rápido. Nós temos em torno de 10 a 12 mil cirurgias que entram a cada mês no sistema e até então estávamos fazendo em torno de 9 mil cirurgias por mês, aqui no estado de Santa Catarina. Então a primeira coisa, nós temos que fazer no mínimo a quantidade de cirurgias que entram para que você não tenha o aumento na fila”, comentou Trevisol.
Ouça abaixo a íntegra da entrevista: