As três Federações dos Trabalhadores na Agricultura, do Sul do país, que compõem a Regional Sul da Contag, e dirigentes da Confederação se reuniram na última sexta-feira, dia 21, virtualmente, para discutir os impactos da estiagem na agricultura familiar do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias, desta segunda-feira, o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, comentou sobre os assuntos que foram discutidos pelas lideranças dos três estados.
“Nós elaboramos uma pauta com algumas reivindicações que serão apresentadas ao Ministério da Agricultura, durante uma reunião virtual nesta segunda-feira. Vamos começar essa discussão que talvez seja fruto da visita da Ministra Tereza Cristina, semanas atrás. Dentro desta pauta constam vários itens como armazenamento e captação de água, recursos emergenciais, discussão dos endividamentos dos agricultores, entre outras”, comentou Dresch.
As chuvas irregulares e mal distribuídas em dezembro e janeiro em Santa Catarina podem acarretar perdas em média 43% na safra catarinense do milho e de cerca de 30% na de soja, segundo estimativas da Epagri/Cepa.
A estiagem iniciou após dia 20 de novembro, quando mais de 50% das lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo. A continuidade da estiagem e das altas temperaturas podem aumentar ainda mais as perdas.
Em Santa Catarina, por exemplo, 90 municípios estão sofrendo com a falta de chuva e, 30% deles, já decretaram estado de emergência. As regiões mais afetadas são a Serra Catarinense, o Planalto Norte, Oeste e Extremo Oeste.
Ouça abaixo a íntegra da entrevista: