LIGUEPor Eduardo Madeira
A quarta-feira, dia 22, foi de muitas explicações dadas pelos vereadores da cidade de Urussanga. Na noite anterior, o Legislativo urussanguense rejeitou a representação com pedido de abertura de uma Comissão de Investigação, que poderia resultar na cassação do mandato do prefeito afastado Gustavo Cancellier. Eram necessários seis votos para que o processo tivesse sequência, mas a votação terminou em 5 votos a 4 pela criação da comissão. O pedido acabou arquivado.
Presidente da Câmara, o vereador Odivaldo Bonetti, o Bonettinho (PP), votou contra a representação. Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias | 2ª Edição, ele admitiu que votaria a favor, mas a posição do PP o fez mudar. “Minha posição pessoal era pela abertura da comissão, no entanto, o partido fechou questão, enquadrando os vereadores do Partido Progressista. Caso não votassem, poderiam ser expulsos do partido”, argumentou. “Quando o partido fecha questão, tenho obrigação legal e estatutária de seguir a orientação, por isso, votei de acordo com meu partido”, completou. Além de Bonettinho, votaram contra a representação José Carlos José (PP), Thiago Mutini (PP) e Rozemar Sebastião (PDT).
Já Luan Varnier (MDB) votou a favor da representação. Em entrevista ao Resumo Final, o vereador afirmou que não pode exercer sua função de fiscalizador e destacou os avanços das investigações da Polícia Federal, que apontam indícios de desvios de recursos públicos. “Como vereador de primeiro mandato, me sinto decepcionado. Acredito que a Câmara de Vereadores tinha que assumir o seu papel e, confesso, nós, os vereadores que foram favoráveis, fomos impedidos de realizar o nosso trabalho”, criticou Varnier. Além do emedebista, votaram a favor da abertura da Comissão Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD), Fabiano Murialdo De Bona (PSDB), Ademir Bonomi (MDB) e Elson Roberto Ramos (MDB).
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