Por Eduardo Madeira
O ano é 2021, mas o Brasil ainda lida com discussões relacionadas ao trabalho análogo a escravidão. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), entre 2016-2020, foram registradas 6.056 denúncias relacionadas aos temas trabalho escravo e aliciamento e tráfico de trabalhadores. Neste período, tais violações motivaram a abertura de 3.189 inquéritos civis para apurar os fatos denunciados. Em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias | 2ª Edição desta quinta-feira, dia 28 – no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo -, o Auditor-Fiscal do Trabalho e Chefe do Setor de Segurança e Saúde no Trabalho, Pedro Henrique Maglioni da Cruz, explicou que o trabalho análogo à escravidão ocorre quando há degradação do ambiente de trabalho e de vida. Isso ainda é um cenário a ser combatido e, só em Santa Catarina, mais de 60 pessoas nestas condições foram resgatadas em 2020. “Infelizmente, o trabalho escravo contemporâneo persiste, apesar de toda a política pública que vem sendo feita desde os anos 90 para, primeiro, admitir essa realidade e depois procurar combatê-la”, afirmou Cruz.
Ouça abaixo a entrevista completa: