Por Eduardo Madeira
Em uma reunião com mais de dez horas de duração, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Respiradores ouviu os depoimentos do ex-secretário de Estado de Saúde, Helton Zeferino, e do ex-chefe da Casa Civil, Douglas Borba. A sessão começou na tarde de terça-feira (2) e terminou na madrugada de quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa. As testemunhas responderam questionamentos dos deputados sobre o contrato firmado pelo Governo do Estado para a compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões. A operação também foi tema da oitiva que abriu a reunião, com a ex-superintendente de gestão administrativa da Secretaria de Estado de Saúde, Márcia Regina Pauli. “É muito difícil tirar de uma pessoa que está ali uma confissão de que ela cometeu um crime ou que ela viu ou ajudou que esse crime se consolidasse”, reconheceu Ivan Naatz (PL), relator da CPI. “O que se pode perceber e que é unanimidade nisso tudo é de que o processo foi totalmente viciado, não respeitou nenhuma regra, não seguiu nenhuma orientação técnica, tudo feito largado”, complementou o deputado, em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias | 2ª Edição. Naatz admitiu que lhe chamaram a atenção as falas dos depoentes sobre a não participação e o desconhecimento do governador Carlos Moisés dos processos de compra dos equipamentos. “Durante a pandemia, o marinheiro deve proteger o navio, cuidar do leme. Pelo que foi dito pelas pessoas, o leme foi largado”, comparou.
Ouça abaixo a entrevista completa: