“Eu tava muito chapado”. Essa foi uma das justificativas do autor confesso de um dos crimes mais bárbaros registrados na região. F.V.O.S., 18 anos, segue detido na Delegacia de Turvo após ter sido preso dois dias depois de assassinar com requintes de crueldade, Lindomar de Barros, 44 anos, na área central do município de Timbé do Sul, uma localidade rural do Vale do Araranguá com pouco mais de cinco mil habitantes.
Segundo o delegado responsável pelo caso, André Coltro, haverá uma reconstituição do crime para sanar algumas dúvidas em relação ao caso e principalmente tentar relembrar o jovem de como cometeu a barbárie, já que ele estava sob efeito de drogas e teve falha de memória durante o depoimento. F. é usuário de crack e conforme Coltro, frequentava a casa da vítima, onde juntos, consumiam o entorpecente misturado com álcool.
Agressões alusivas a ameaças
Em relação à motivação do crime, o delegado diz que vítima e autor confesso já tinham histórico de desavenças. Lindomar teria dito que iria passar a mão na mãe de F. (provável motivo dele ter cortado o membro superior) e que teria relações sexuais com a irmã dele (provável motivo de ter arrancado o órgão genital).
A frase escrita com o próprio sangue na parede do quarto, com os dizeres “Nunca mexa com minha filha”, na verdade foi uma tentativa de escrever “nunca mexa com a minha família”. O jovem não tinha filhos. A polícia também cogita que a frase pode ter sido escrita para despistar a investigação.
O delegado revela que a barbárie do caso repercutiu tanto que esteve desde ontem de manhã cedo, atendendo diversos veículos de imprensa, inclusive de fora do estado. De Barros foi encontrado pelo patrão no na manhã de segunda-feira. Além de ter o órgão genital arrancado, recebeu oito golpes de arma branca, entre facas e ferramentas, que ainda estavam cravadas no corpo, além de ter a mão direita decepada e fritada com óleo em uma frigideira.
Talise Freitas / Clicatribuna