Um estudo divulgado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) mostra que com a lentidão nas obras da BR-101 Sul a região deixou de gerar riquezas equivalentes a R$ 32,7 bilhões. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (11) e analisou informações até dezembro de 2012.
Para amenizar os prejuízos, a FIesc sugere a realização de investimentos em obras de estrutura, como investimentos no Porto de Imbituba, conclusão da interligação da BR-285, que liga São Borja com o litoral catarinense, interligação da Ferrovia Teresa Cristina com a malha nacional, além da implementação de equipamentos, estruturas e infraestrutura turística integradas no Sul de Santa Catarina.
O objetivo do estudo foi quantificar o impacto econômico do atraso e oferecer subsídios para a mobilização das lideranças catarinenses. O trabalho inclui análises para comparar os estágios de desenvolvimento da região Norte do Estado, que tem a rodovia duplicada, e do Sul, que tem uma série de obras críticas que levam para 2017 a previsão de conclusão total da obra, conforme outro estudo da Fiesc.
A Federação avaliou quase 50 indicadores e diz que o desenvolvimento do Norte é 31,6% superior ao do Sul. O documento confrontou índices como taxa média de crescimento populacional, desenvolvimento humano, incidência de pobreza, taxa de natalidade e mortalidade, balança comercial, número de empresas, de pessoas por companhia e de empregos formais, taxa de criação de empresas e empregos e salários médios.
O estudo mostra ainda que, em função dos efeitos multiplicadores dos investimentos em infraestrutura na economia, para cada ponto percentual a mais aplicado na área de transportes o Produto Interno Bruto da região cresce 0,52 ponto percentual. Como informa o trabalho, os impactos do investimento sobre a economia duram cinco anos a partir da data de sua realização.