De acordo com o climatologista da Epagri de Urussanga Márcio Sônego, os raios são descargas de elétrons das nuvens. “Quando as nuvens são muito altas, passam correntes de vento de até 200 quilômetros por hora entre elas, são chamadas de cumulonimbus, são elas que fazem com que o raio aconteça”, afirma Sônego.
Segundo Leandro Puchalski, meteorologista do Grupo RBS, no site do G1, em Santa Catarina, a região Oeste e a faixa entre a capital e o Vale do Itajaí são áreas mais propícias para incidência de raios e relâmpagos, porque apresentam condições que favorecem a formação das nuvens cumulonimbus, as nuvens de temporais.
Segundo o professor de Engenharia Elétrica da Satc e especialista em descargas atmosféricas, Vilson Luiz Coelho, existem três tipos de raios. “Tem o raio intra nuvem, que acontece dentro de uma nuvem; existe o raio nuvem-nuvem, que é de uma nuvem para a outra; e o raio nuvem solo, que são os que caem”, explica o professor.
Os relâmpagos, de acordo com Puchalski, são correntes elétricas que ocorrem na atmosfera. “Ele dura meio segundo e percorre um trajeto de cinco a dez quilômetros. Ele é a consequência do rápido movimento de elétrons, que ao se moverem, fazem o ar ao redor se iluminar, resultando em um clarão, e se aquecer, resultando em um som, o trovão”, explica o meteorologista.
A diferença entre o raio e o relâmpago, conforme Puchalski, é que só é considerado um raio, quando ele chega ao solo.
Segundo Coelho, no Brasil caem mais raios porque ser um país tropical, região crítica em que acontecem muitas trovoadas.
Proteja-se dos raios
De acordo com o especialista em descargas atmosféricas, o melhor lugar para se proteger dos raios é ficar dentro do carro. “Com as janelas e vidros fechados e sem encostar nas partes metálicas do automóvel”, relata.
Quando estiver dentro de casa, os cuidados são ainda maiores. “As pessoas devem ficar longe de tomadas, janelas e portas metálicas, retirar todos os equipamentos da tomada, e não usar telefone residencial”, afirma o Engenheiro Eletricista.
Em lugares que tenham árvores, conforme o professor, não é recomendado ficar embaixo delas, porque elas atraem os raios.
“Quando as pessoas estiverem em lugares abertos, ou na praia, devem sair imediatamente da água e se abaixar com os pés juntos, porque caso o raio caia perto, não vai cruzar o corpo e vai passar direto sem a pessoa sentir”, explica o professor.
Bruna Mendes / Portal Satc