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Comin alerta para necessidade do Governo Federal colocar o carvão na agenda do país

Com o seu acentuado crescimento, o Brasil não pode mais continuar refém de determinados padrões de matriz energética, sujeitos a desde fatores climáticos à questões políticas com seus vizinhos, quando possui uma imensa reserva de carvão mineral em seu subsolo à espera de aproveitamento.

O alerta foi feito, pelo líder do PP, deputado Valmir Comin, um dos mais atuantes parlamentares do Sul do país em defesa do carvão mineral dos três estados sulinos. Para Comin, chega a ser uma situação paradoxal ter, inclusive, de importar produto de matriz energética quando o país dispõe de tantos recursos e não os utiliza.

O Brasil tem uma cultura de geração de energia baseada nos recursos hídricos, que dependem de fatores climáticos e ambientais, enquanto que “despreza” suas ricas jazidas de carvão mineral que se concentram mais especialmente sob Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, reservas que chegam a 32 bilhões de toneladas.

Segundo Comin, o que está faltando é o Governo Federal colocar o carvão mineral na sua agenda e dar tratamento no mínimo igualitário com outras fontes energéticas, inclusive abrindo espaço para a participação nos chamados leilões A-5 da Petrobrás (que trata da aquisição de energia para 2013).

“O Governo Federal é que deveria ser o grande promotor, o incentivador do uso do carvão mineral, mas isso não ocorre, chega a ser surpreendente”, afirmou o parlamentar, lembrando que a matriz do carvão atualmente aproveitado no país é de apenas 1,6%, quando na China é de 80%, de 54% nos Estados Unidos, de 49% na Alemanha e de até 98% na Polônia.

Comin destacou, com base em especialistas do setor, que o carvão deverá sobrepujar o petróleo como matriz energética dentro de cerca de uma década; outros especialistas observam que a demanda mundial por energia deverá quase dobrar até o ano de 2030, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

Os mesmos especialistas informam que o carvão mineral é a fonte energética melhor distribuída pelo mundo, contando com reservas em 75 países, e tem uma vida útil de 200 anos, o que garante segurança nos suprimentos.

O líder progressista frisou também que os modernos recursos tecnológicos garantem o aproveitamento do carvão mineral de modo mais seguro ao meio ambiente. Os subprodutos do carvão mineral, por sua vez, atendem a inúmeros setores produtivos (basta citar-se a produção de fertilizantes, com aproveitamento do sulfato de amônia, e a utilização das cinzas para produção de cimento – em Santa Catarina, cada saco de cimento possui cerca de 45% de cinzas de carvão mineral. Mas os subprodutos podem servir ainda a automóveis, aviões e até foguetes. A título de ilustração, a destacar que no sul catarinense situa-se o maior complexo termelétrico da América Latina, a usina de Jorge Lacerda, com 857 megawatts.

Para se ter uma idéia ainda do mau aproveitamento dos recursos do carvão mineral, basta dizer que os Estados Unidos, desde 1910, produz combustível a partir do carvão, comentou Comin. O parlamentar recordou que o empresário Eike Batista está construindo três usinas no Ceará e para isso, está importando carvão da Colômbia, para mostrar o paradoxo hoje existente; e questionou se o Governo Federal não seria mais sensível para a questão do carvão caso as reservas não estivessem no Sul, mas no Sudeste do País, onde está o eixo das decisões.

Com informações assessoria de imprensa do PP e Portal Satc

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