A audiência sobre o caso do desabamento do prédio dos Correios, em Içara, que estava marcada para acontecer nessa terça-feira no Fórum da cidade, foi cancelada e provocou indignação dos funcionários e familiares que sofreram com a tragédia. Cerca de 10 pessoas montaram campana no local na tarde de ontem e pediram agilidade no processo. A tragédia que resultou em quatro pessoas mortas aconteceu em 2005.
Conforme informações publicadas no jornal Diário de Notícias, apesar do cancelamento, os manifestantes continuaram o protesto em frente ao fórum, munidos com faixas e vestindo preto. “Queremos justiça”, afirmou Rogério José Eldebrando, que estava no local, quando ocorreu o desabamento. “Eu estava na fila de atendimento, quando um vácuo me arremessou para fora da agência. A minha sorte foi ter sido jogado a tempo do desabamento”, comentou Eldebrando. Os manifestantes indignados afirmaram que não foram previamente avisados do cancelamento. “Nos convocaram para esta audiência e por que não nos avisaram com antecedência sobre o cancelamento”, questiona o servido , Odilon Teixeira, que foi avisado no fórum a transferência de data. Teixeira sofreu lesões com o desabamento do prédio.
De acordo com a chefe do cartório, em entrevista ao Diário de Notícias, Ana Cristina Mello Zanette, algumas pessoas que não foram avisadas em tempo porque não havia o número de telefone no processo.
Saiba mais – O novo julgamento está previsto para maio, após a apresentação da defesa do engenheiro responsável pelo prédio, Márcio Peruchi, que teve as condenações anuladas. O engenheiro será novamente julgado, por não ter tido o direito ao contraditório. Já o proprietário, José Manoel Cardoso, e o empreiteiro, João Nelson, não serão mais julgados no processo criminal.
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