Está em desenvolvimento na Universidade do Vale de Itajaí (Univali), campus de Florianópolis, um software que pode tornar ainda mais eficiente a fiscalização no trânsito. O programa de computador, que funciona pela captação de imagem, é capaz de avaliar se o motorista está usando cinto de segurança em 85% dos casos.
O professor do mestrado em computação aplicada, Eros Comunello, e o estudante de graduação Vito Francisco Chiarello estão trabalhando para chegar aos 100%. O programa não tem nome e nem data para chegar ao mercado e nas ruas. Mas, no meio do ano, Eros pretende entrar em contato com empresas para tentar apoio. O argumento será o baixo custo para implantação.
Entre 2011 e 2012 foram realizados vários testes no programa, com cenas gravadas em Florianópolis e Blumenau, com resultados positivos. Na Capital, foi constatado que, em 90% dos casos, as pessoas usam o cinto, mas ainda há outros 10% que estão em risco.
Segundo Eros, a realização do software começou com a pesquisa de mestrado de Cristiano Roberto Franco, que terminou o trabalho ano passado. Mas surgiu também de um anseio pessoal de reduzir o número de pessoas que não usam cinto, já que perdeu amigos por não estarem com este mecanismo de segurança.
Antes de chegar no mercado para ser vendido como um radar, o programa precisa superar alguns limites, como a visualização do cinto por pessoas que usam roupa preta, a localização do para-brisas em carros escuros e a visão noturna. Depois, precisa ser testado outras vezes e passar por validação por órgãos responsáveis por rodovias.
—Tem muita coisa para ser desenvolvida ainda — admite o professor.
Os recursos que pretende pedir para as empresas serão usados na captação de mais programadores. Este tipo de profissional está difícil de encontrar em Florianópolis, onde o mercado de tecnologia está aquecido e não deixa condições para que a academia possa disputar.