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Chávez volta à Venezuela após passar dois meses em Cuba para combater câncer

O presidente venezuelano Hugo Chávez anunciou nesta segunda-feira de maneira surpreendente que desembarcou em Caracas, mais de dois meses depois de uma cirurgia em Havana para combater um câncer. “Chegamos de novo à pátria venezuelana. Obrigado meu Deus!! Obrigado povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento”, escreveu Chávez em sua conta no Twitter.

O presidente venezuelano também escreveu outras duas mensagens na rede social: “Obrigado a Fidel, a Raúl e a toda Cuba!! Obrigado a Venezuela por tanto amor!!” e “Sigo aferrado a Cristo e confiante em meus médicos e enfermeiras. Até a vitória sempre!! Viveremos e venceremos!!”.

Segundo o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, Chávez pousou às 2h30min (4h no horário de Brasília) em Caracas.

O presidente foi internado no hospital militar de Caracas, informou Jorge Arreaza, genro do chefe de Estado e ministro da Ciência e Tecnologia, na mesma rede social. “O presidente já se encontra em seu quarto no Hosp. Militar Dr. Carlos Arvelo em Caracas, disposto a seguir com seus tratamentos”, escreveu Arrreaza.

O presidente, de 58 anos e desde 1999 no poder, viajou em 10 de dezembro para Cuba para a quarta cirurgia contra o câncer.

O governo venezuelano havia divulgado na sexta-feira as primeiras imagens de Chávez após 69 dias de convalescença, nas quais aparecia sorridente no hospital ao lado das duas filhas mais velhas e lendo o jornal oficial cubano Granma de quinta-feira.

Durante mais de dois meses, o presidente não foi visto ou ouvido, enquanto o governo venezuelano divulgava boletins curtos sobre seu estado de saúde, sem nunca antecipar uma data de retorno.

Na última informação divulgada, sexta-feira, o governo destacava que Chávez respirava por uma cânula traqueal que dificultava temporariamente a fala, por apresentar “certo grau” de insuficiência respiratória.

Chávez foi reeleito em 7 de outubro de 2012 para um terceiro mandato de seis anos. Apesar de não ter tomado posse em 10 de janeiro como estava previsto, o Tribunal Supremo autorizou Chávez a fazê-lo mais adiante, quando estivesse em condições, e que seu governo do mandato 2007-2012 prosseguisse no poder.

O presidente anunciou em 8 de dezembro o retorno do câncer, que foi detectado em meados de 2011, e designou pela primeira vez um sucessor, seu vice-presidente Nicolás Maduro. Maduro seria o candidato governista nas eleições que seriam organizadas caso Chávez ficasse “inabilitado” para governar.

A natureza e a gravidade do câncer de Chávez nunca foram revelados. O presidente venezuelano foi submetido a quatro cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, em tratamentos realizados quase exclusivamente em Cuba, onde goza de privacidade absoluta, acompanhado de seu aliado e amigo, o líder cubano Fidel Castro.

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