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Em última missa, Papa ataca divisões na igreja

Na última grande missa celebrada por Bento XVI como líder dos católicos, ontem, a mensagem do Papa ganhou um tom amargo – para a Igreja refletir na Quaresma.

Em um recado à Cúria, Joseph Ratzinger criticou as divisões do corpo eclesiástico que “desfiguram o rosto da Igreja”.

A homilia da Quarta-feira de Cinzas ecoou como advertência diante da renúncia inesperada do Papa, na qual, além da fragilidade física, Bento XVI estaria sofrendo com o isolamento político e o desgaste dos escândalos de corrupção. Ontem, pediu a superação de “individualismos e rivalidades”. Vaticanistas consideram que lutas de poder e intrigas influenciaram na decisão do Pontífice.

– O verdadeiro discípulo não serve a si mesmo ou ao público, mas ao Senhor – frisou, insistindo na importância da unidade da Igreja.

A cerimônia, que seria celebrada na Basílica de Santa Sabina, na colina romana do Aventino, foi transferida para a de São Pedro, por ser maior. Bento XVI também denunciou “a hipocrisia religiosa, o comportamento dos que querem aparentar, as atitudes que buscam os aplausos e a aprovação”.

Pela manhã, em sua primeira aparição após anunciar que deixará o Pontificado às 20h do dia 28 de fevereiro, o Papa se mostrara emocionado na presença de 3,5 mil peregrinos na sala Paulo VI do Vaticano, para sua penúltima audiência geral. Afirmando estar “consciente da gravidade do gesto” e que tomou a decisão “com plena liberdade pelo bem da Igreja”, pedira orações pelo sucessor, que será eleito em um conclave a partir de 15 de março.

Pontífice saudou peregrinos de Porto Alegre e Curitiba

Na mesma cerimônia, havia lido uma mensagem em português e citado grupos de peregrinos de Porto Alegre e Curitiba:

– Possa cada um de vós viver estes 40 dias (da Quaresma) como um generoso caminho de conversão à santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar! As suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias.

Segundo o coordenador da pastoral de comunicação da arquidiocese de Porto Alegre, padre Cesar Leandro Padilha, é normal o Papa citar cidades que têm representantes no local da cerimônia e que a presença de porto-alegrenses já fora destacada antes.

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