Nesta terça-feira, a categoria se reúne em Brasília com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, da Agricultura e dos Transportes.
Em contato direto com representantes da categoria em outras regiões do país,caminhoneiros de Santa Catarina ainda aguardam uma resposta do governo federal às reivindicações feitas no mês passado para decidirem sobre novas paralisações ou bloqueios. Nesta terça-feira, a categoria se reúne em Brasília com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, da Agricultura e dos Transportes.
Uma comitiva formada por pelo menos 10 caminhoneiros de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul está em Brasília para acompanhar o debate e repassar informações com rapidez aos colegas.
Por telefone, o caminhoneiro Júnior Bonora — que junto com o primo Vilmar Bonora, iniciou o movimento no Oeste catarinense — relata que a comitiva não tem “ligação com sindicato algum”, e que a decisão de cruzar os braços não depende de orientação do Comando Nacional do Transporte.
— Dependemos de uma resposta concreta do governo, mas mesmo que os sindicatos queiram parar já nesta terça-feira, isso não muda nossa decisão. Parar ou não depende somente dos caminhoneiros, e é entre os caminhoneiros que o assunto está sendo discutido.
Já o primo Vilmar — que em diversos momentos afirmou à imprensa que estaria disposto a permanecer parado até ver suas reivindicações sendo atendidas — não quis comentar as pautas e se limitou a dizer que agora “tudo depende do que o governo vai repassar” à categoria.
Em fevereiro, caminhoneiros de pelo menos 14 Estados cruzaram os braços ou bloquearam trechos de rodovias e entradas de portos, impedindo empresas de escoarem a produção e causando esvaziamento dos estoques em diversas localidades. Nos locais onde o ato mais se estendeu, como em São Miguel do Oeste, os grevistas chegaram a passar 13 dias parados.
Entre as principais demandas enviadas à Brasília estão o tabelamento do frete, a carência em programas de financiamento como o Procaminhoneiro, a redução do PIS/Cofins sobre o diesel e o perdão das notificações e processos judiciais aplicados durante a paralisação.
Fonte: Diário Catarinense