Por esta, um homem de 45 anos, suspeito de cometer pedofilia, em Laguna, não esperava. Ele foi detido na noite desta quarta-feira, perto da rodoviária, no centro da cidade, às 22 horas. Porém, a ação para prendê-lo foi planejada pela mãe da vítima, um garoto de 14 anos, e a Polícia Civil.
Dois investigadores e o delegado Flávio Costa Gorla, que coordenou a operação, realizaram uma campana e flagraram o momento em que o homem estacionou o seu carro, um Gol prata, para dar carona ao adolescente. Assim que o menino entrou no veículo, os policiais civis abordaram o acusado, que é professor e leciona em cursinhos pré-vestibulares.
Em uma revista no automóvel, os agentes encontraram preservativos, óleos aromatizantes, dinheiro e uma pedra (tipo cristal) preta. O celular, usado para enviar mensagens com teor pornográfico, também foi apreendido.
Na delegacia, ele foi autuado em flagrante pelo crime de exploração sexual e se negou a falar, somente perante um juiz. Depois, seu destino foi a Unidade Prisional Avançada (UPA).
Assim que soube do caso, o delegado Gorla entrou em contato com o Ministério Público e, ontem à tarde, representou pelo mandado de busca domiciliar. “Acreditamos que houve algo mais íntimo em razão do comportamento do menino e das mensagens no celular, que provam estas evidências, são palavras realmente comprometedoras”, revela o delegado.
Gorla aguarda o resultado do exame de corpo de delito do garoto e a autorização do judiciário para cumprir o mandado de busca na casa do acusado, que mora em Garopaba. “O notebook dele, por exemplo, pode acrescentar subsídios em nossa investigação ou outros objetos que ele possa ter em casa”, espera o delegado.
Como o caso veio à tona?
O crime chegou à Polícia Civil nesta quarta-feira durante o dia, quando a mãe do adolescente foi registrar um boletim de ocorrência. As conversas entre o acusado e o garoto começaram no Facebook e, depois, por mensagens no celular.
A tia do adolescente ficou preocupada ao notar que ele aparecia com dinheiro em casa. Ao achar estranho, contou à mãe do menino que, ao fazer uma busca no celular, leu as mensagens e percebeu que não havia nomes, mas somente letras para identificar o contato. Ela conversou com o filho, lhe ordenou que ligasse para o homem em sua frente para marcar um encontro. Os dois marcaram nas proximidades da rodoviária. O delegado foi avisado e um esquema para prendê-lo foi estruturado.
As investigações prosseguem para descobrir se existem outras vítimas e até que ponto chegou a relação do homem com o adolescente.
Fonte: Notisul