A Delegacia de Polícia Federal de Itajaí iniciou nesta quarta-feira (14) uma operação para desarticular uma organização suspeita de cometer crimes como lavagem de dinheiro e operações fraudulentas de câmbio. A chamada “Operação Radar” calcula que os envolvidos desviaram cerca de R$ 86 milhões em transações financeiras.
Desde o início da manhã, oito mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão foram expedidos. Até as 16h, sete pessoas foram detidas em Itajaí e Balneário Camboriú. Segundo a PF, são empresários e profissionais liberais. Na casa dos suspeitos também foram apreendidos cerca de R$ 100 mil, em moeda estrangeira e Real, além de computadores e outras midias.
A operação ocorre nos municípios de Itajaí, no Vale, Balneário Camboriú, Litoral, Joinville, no Norte, e Dionísio Cerqueira, no Oeste. O bloqueio judicial de vinte contas bancárias foi autorizado a pedido da PF.
De acordo com o delegado-chefe da PF de Itajaí Luciano Eduardo Raizer, a investigação iniciou há cerca de um ano. O delegado diz que ainda não há indício de dinheiro público envolvido nas operações.
Segundo a investigação, os suspeitos enviavam dinheiro a contas no exterior de maneira ilegal, sem pagar impostos. Além disso, praticavam venda de dólar com valor adulterado e mantinham empresas falsas para realizar as operações. Eles serão investigados pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, operações fraudulentas de câmbio, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
“Conforme as provas forem apreendidas e analisadas, teremos provavelmente mais suspeitos envolvidos nesta atuação clandestina do sistema financeiro. Acreditamos que o grupo é associado e pode estar envolvido em crimes como corrupção e sonegação fiscal”, afirma o delegado.
Em paralelo, uma segunda investigação foca nos beneficiados deste sistema financeiro paralelo e nas pessoas utilizadas como laranjas.
Fonte: G1