O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe) e os agentes penitenciários irão definir em uma reunião nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, acordos não compridos pelo Governo do Estado. Conforme o agente penitenciário do Presídio Santa Augusta, de Criciúma, Rodrigo Ferreira, ficou acertado, com o fim da greve, que a categoria não sofreria retaliações do Estado, no entanto, uma ação judicial ainda é mantida contra a categoria. “No encontro, será analisada a retirada das ações judiciais contra os grevistas e o sindicato”, explica.
Também será definido o abono dos dias parados por causa da greve. Até o momento, segundo Ferreira, não há risco de uma nova paralisação. A categoria definiu pelo fim da paralisação após a rebelião no Presídio Santa Augusta no dia 4 de abril. A greve foi suspensa por 90 dias. Nesta quarta-feira, um ônibus sairá do Sul do Estado em direção a Florianópolis com agentes para participar do encontro.
Com a greve, os agentes penitenciários do Presídio Santa Augusta impediram a entrada de familiares na unidade prisional durante uma semana. Os familiares do lado de fora do presídio e os presos dentro das celas se revoltaram com a interrupção das visitas. Houve registro de tumulto dentro e fora da unidade. No mesmo dia, dois ônibus foram incendiados em Criciúma. Um terceiro veículo foi consumido pelas chamas nos primeiros minutos de sábado, dia 5.
A galeria D foi a mais destruída pela rebelião. Os 114 presos das celas correspondentes a galeria foram transferidos para Penitenciária Sul, no bairro Vila Maria, também em Criciúma. Os detentos devem retornar para galeria D após a reforma do local. Segundo o agente penitenciário, o projeto para reforma do local está pronto, mas não iniciou. Ainda de acordo Ferreira, a segurança do presídio está dentro da normalidade. “Após a rebelião não houve mais nenhum tipo de tumulto dentro da unidade”, afirma.
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