Padre Valmor Boeger falou hoje pela manhã no Programa Chama Geral das celebrações que permeiam a semana santa.
A igreja católica celebra até domingo as experiências de Jesus. A Semana Santa representa a vivência, o mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Na quinta-feira é relembrada especialmente a Última Ceia, quando Jesus lavou os pés dos apóstolos. Neste dia, foi fixado também a benção dos Santos Óleos.
“Quinta-feira celebramos a instituição da eucaristia e em seguida nas comunidades a adoração da eucaristia, aqueles que participam com fé da eucaristia se fortalecem na comunhão com Jesus.” Fala Padre Boeger.
Sexta-feira da Paixão, dia em que Jesus foi crucificado, é o único dia que não se celebra a missa e não há consagração das hóstias.
“Sexta feira fazemos memória do sofrimento de Jesus, que se doa por nós, por toda a humanidade, onde ele passa a sofrer na cruz para salvar a humanidade. E na nossa igreja matriz acontece a encenação da Via sacra, interpretada pelo Grupo Arte & resgate, em seguida celebra-se a palavra na igreja matriz, e a noite a procissão com o Senhor morto. ” Comenta o Padre.
Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudar-nos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.
Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.
Sábado de Aleluia, conhecido como o dia da oração e do jejum, em que os cristãos choram pela morte de Jesus. Nesta noite, é celebrada a Vigília Pascal.
“A vigília tem muitos símbolos, acende-se o círio pascal, acontece a benção da água, que é usada nos batizados do ano todo, também é feito um momento de louvor e agradecimento. A liturgia da passagem que faz analogia ao povo de Israel, onde nos mostra que temos que seguir sempre, dias melhores vamos ter, e não podemos nos abater diante das dificuldades”, diz o Pe. Valmor Boeger
A bênção do fogo novo: Essa cerimônia começou a ser realizada só a partir do século IX. No pátio, à entrada da igreja, acendia-se o fogo, usando pedras.. Na quinta-feira, tinham sido apagadas todas as luzes da igreja. O meio normal para se conseguir fogo era o uso de pedras, uma vez que não dispunham de nossos meios modernos.
A bênção do Círio Pascal: Com o fogo novo, solenemente tirado da pedra e benzido, acende-se o Círio Pascal que é solenemente levado para dentro da igreja, que ainda está às escuras. Quem leva o círio, na entrada, depois no meio da igreja, e finalmente quase chegando ao altar, para e canta alegremente: A LUZ DE CRISTO!
A bênção da água batismal: Nos primeiros séculos da Igreja, era neste sábado que se fazia o Batismo dos que, durante um tempo mais ou menos longo, tinham sido preparados para a admissão na comunidade.. Nessa noite de vigília recebiam as últimas instruções e ouviam com a comunidade leituras da Escritura apropriadas para a circunstância.
Com relação aos simbolismos fazem parte da páscoa como o coellho, Pe. Boeger diz que faz referencia a rápida multiplicação, inclusive o pão foi feito ázimo, sem fermento. “Nos faz lembrar que não devemos ficar parados, devemos caminhar sempre e não ficar na estabilidade” .
Aline Benedet – Jornalismo Cruz de Malta.
A entrevista completa você confere aqui:
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