Agentes penitenciários do Presídio Santa Augusta, de Criciúma, aderiram à paralisação da categoria nessa quarta-feira. Desde ontem, 70% dos profissionais estão em greve, funcionando apenas os serviços essenciais. Trabalham na unidade, em média, 30 agentes, mas, como alguns estão de licença, de férias ou afastados, atuam na instituição cerca de quatro agentes. Eles se dividem entre as sete galerias do presídio, que, juntas, abrigam em torno de 800 reeducandos.
A mobilização ocorre desde segunda-feira em todas as regiões do Estado de Santa Catarina. Na Penitenciária Sul, no bairro Vila Maria, também em Criciúma, os agentes estão parados desde o início da semana. Por causa da paralisação, o Presídio Santa Augusta não está recebendo detentos. Só entram na unidade os presos que tiverem ordem judicial. A mobilização foi definida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público (Sintespe) e ocorre porque o Governo do Estado não cumpriu todos os benefícios prometidos no ano passado. O governo concedeu uniformes aos trabalhadores, equipamentos de segurança e algumas viaturas.
Conforme Roni César Pereira, agente penitenciário do Presídio Santa Augusta, os profissionais se reuniram na manhã dessa quarta-feira e deliberaram pela greve. “Foi colocado em pauta nossas reinvindicações, como as perdas salariais dos últimos 13 anos, nossa data base que não é cumprida há anos e a desatualização dos planos de cargos”, enumera. A defasagem salarial da categoria chega aos 47%. Em 2002, um agente recebia, em média, dez salários mínimos. Atualmente, um profissional recebe em torno de quatro salários mínimos e meio.
Nesta quinta-feira, agentes de todas as regiões do Estado se reunirão em uma assembleia em Florianópolis, às 14 horas, onde será feita uma avaliação da greve. Os agentes poderão se reunir nesta sexta-feira na secretaria do Estado de Administração, onde uma resposta poderá ser dada às reinvindicações da categoria. O encontro ainda não está confirmado.
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