Diversos fatores desencadeiam o zumbido no ouvido, um sintoma que acomete adultos de todas as idades e já aparece também em adolescentes e até em crianças. Erros alimentares, uso de medicamentos tóxicos e até o hábito de escutar músicas com som alto, especialmente com fones de ouvido, são fatores que podem contribuir para o problema.
O primeiro passo para o tratamento do zumbido é a realização de exames auditivos e de sangue para análise das particularidades do paciente, como explica a otorrinolaringologista especializada em zumbido, Tanit Ganz Sanchez.
— São realizados exames como a audiometria e a acufenometria, que identificam o grau de perda de audição, o tipo e o volume do zumbido. Exames de sangue que demonstram se há anemia, aumento de glicose, colesterol ou triglicérides. Ainda é possível identificar com tomografia ou ressonância magnética eventuais tumores no nervo auditivo — explica a especialista.
Fazer jejum prolongado, comer doces com frequência ou ingerir alimentos gordurosos são hábitos alimentares que podem interferir no problema. Além disso, a ingestão de mais de quatro xícaras diárias de café, chá preto, refrigerante ou chocolate também pode atrapalhar. Algumas pessoas têm alergia alimentar ou intolerância a lactose/glúten e as manifestações podem afetar o ouvido.
— Qualquer alteração metabólica pode estar por trás do zumbido. Nesses casos, é indicado que o paciente interrompa o consumo desses alimentos por cerca de 30 dias para reavaliação do quadro. Se o zumbido começar a diminuir é um indício que os agentes causadores sejam eles — complementa Tanit.
Segundo a especialista, o sintoma também pode aparecer por desequilíbrio hormonal no organismo.
— Pode ser tanto um problema dos hormônios da tireoide, o hipotireoidismo, como dos hormônios femininos e masculinos a menopausa e a andropausa. Nesses casos, é recomendada a reposição hormonal, desde que esteja de acordo com a orientação correta dos médicos — afirma Tanit.
Se o zumbido não ocorre devido à alimentação inadequada ou alterações hormonais, os pacientes podem receber outros tratamentos, sejam medicamentosos ou com aparelhos auditivos, entre outros.
— Há vários tipos de medicamento com potencial para ajudar mas, curiosamente, nenhum deles foi inventado com esse propósito. A maioria foi descoberta de forma acidental, como no caso dos medicamentos para circulação, dor, convulsão, ansiedade e depressão. Em qualquer um dos casos é necessário uma avaliação e acompanhamento do quadro — explica Tanit.
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