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Após 3ª derrota seguida do Criciúma, Cícero Souza fala em mudanças

Com o placar de 3 a 1 para a Ponte Preta, um adversário direto nas últimas posições da tabela, os ânimos começam a se exaltar no Criciúma. E não apenas por parte da torcida. A insatisfação é grande e de todas as partes. É o que reconhece Cícero Souza, dirigente executivo de futebol do clube, que faz questão de apontar que, mesmo diante de situação adversa, a crise não resultará na saída do técnico Vadão. Preocupado com a atuação do time no primeiro tempo contra a Ponte Preta, Souza anuncia mudanças e uma reunião que tratará de “um novo fato” no clube.

— Uma coisa tem que ficar bem clara: na minha concepção o Vadão é o nosso treinador. No fato novo não passa por mudança de treinador. Jogar no treinador toda essa responsabilidade seria muito injusto, ainda mais nesse momento que ele não tem uma grande disponibilidade de jogadores para achar seu time — defende.

Diante da saída de Wellington Paulista, o momento é de buscar uma reposição para a camisa 9 que, com a lesão de Marcel e a saída de Giancarlo, encontra-se desamparada. Ainda assim, sem poder contratar atletas de equipes da Série A, por já ter excedido o limite de cinco contratações estabelecido em regulamento, o cenário não é dos melhores.

— Se olhar o mercado brasileiro, vamos levar profissionais que não necessariamente são os que a gente precisa neste momento. O clube também tem o presidente e existem outras pessoas que também podem influenciar em algumas decisões. E nós vamos buscar junto a eles estes fatos novos. O fato novo passa por mudança de modelo de jogo, de algum jogador na escalação, em tipo de contratação. É mais ou menos neste sentido — revela ele.

Abalado pelas derrotas e dificuldades que o clube tem enfrentado, Souza pede também compreensão. Ele lembra que a atual comissão técnica chegou em um momento em que o time se encontrava desacreditado, situação que foi revertida e resultou no título do Estadual.

— Ele (Vadão) já fez isso com este grupo e este ano. Também chegamos a Criciúma numa descrença geral e num ambiente completamente destruído. Hoje não diria que está completamente destruído, mas que acendeu mais uma luz vermelha. O emocional realmente está muito abalado. Você pode ter certeza que os torcedores que forem ao estádio na quarta-feira já vão com essa desconfiança à flor da pele, pra não suportar o primeiro cruzamento errado, primeiro passe errado. E é esse o nosso grande problema, vencer a nossa desconfiança interna. O grande xis está na questão emocional e essa que vai precisar ser trabalhada mais intensamente — conclui.

O Criciúma busca reverter a má fase diante do Náutico na quarta-feira, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, às 19h30min, no estádio Heriberto Hülse.

DC

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