O cenário do comércio exterior na Região Carbonífera não é dos mais positivos no primeiro semestre deste ano. Seguindo o desempenho fraco das exportações brasileiras, a região diminuiu suas exportações em aproximadamente 13% em relação ao primeiro semestre de 2012. Contudo, na região, os produtos que historicamente são os mais exportados contribuíram fortemente para a redução das vendas da região para o exterior. No Brasil, a situação está sendo amenizada pela exportação recorde do setor do agronegócio.
A redução de 13% corresponde à queda de quase US$ 23 milhões na comparação entre o primeiro semestre deste ano ante o mesmo período do ano passado. Forquilhinha e Nova Veneza foram responsáveis por grande parte dessa diminuição, justamente pela redução nas vendas dos produtos da indústria alimentícia.
Destaque positivo em Orleans
De acordo com o economista do Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC), Giovani da Silva Mendes, o destaque positivo ficou com Orleans, que aumentou expressivamente suas exportações no período – foram quase US$ 4,5 milhões exportados a mais neste semestre. “Os produtos responsáveis pelo resultado são advindos do mercado de implementos rodoviários do município”.
Importações também registram baixa
Segundo Mendes, em relação às importações da região, também se re-gistrou queda no primeiro semestre deste ano. As compras no exterior diminuíram quase 5%, o que foi ocasionado, principalmente, pela redução na importação de hulha betuminosa e de itens da indústria cerâmica, como areias de zircônio e ladrilhos por Criciúma. Ao total, o município comprou US$ 13,83 milhões a menos no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012.
O Balneário Rincão já realizou, mesmo que modesta, a importação de alguns produtos. Foram exatamente US$ 26.733 de produtos classificados como calandras, laminadores e máquinas ou ferramentas para enrolar e arquear metais, observa Mendes.
O economista explica que a redução da quantidade de muitos produtos exportados ainda está ligada aos mercados recessivos encontrados no exterior. “As oscilações da taxa de câmbio podem favorecer no curto prazo alguns exportadores, contudo empresas que fizeram contratos antecipados de exportação não sentirão esses efeitos da alta do câmbio de forma tão intensa. Por este fato, a busca por novos mercados é o desafio dos empresários atualmente”, orienta.
Deise Felisberto / A Tribuna