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Falta de médicos afeta 80% dos municípios de Santa Catarina

Para sustentar a importação de médicos e arregimentar estudantes de medicina para o SUS por mais dois anos na faculdade, o governo federal se apoia na escassez de
profissionais.

A média nacional de 1,8 profissional para cada mil habitantes aparenta suprir o índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde – 1 por mil, mas é aproximando o mapa por regiões que a escassez aparece. Em Santa Catarina, mais de 80% dos municípios têm menos de um médico para cada grupo de mil pessoas.

Segundo o DC os últimos dados do sistema DataSUS, de 2011, apenas quatro cidades catarinenses têm mais de 2,5 profissionais por grupo de mil habitantes: Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joaçaba.

Dados do Ministério da Saúde apontam que o índice brasileiro  é muito inferior ao de paísdes como Argentina, 3,2; Uruguai, 3,7; Portugal, 3,9; e Reino Unido, 2,7.

Depois de rebater as inúmeras críticas e dar explicações sobre o programa Mais Médicos — anunciado em forma de medida provisória na segunda-feira – o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinalou ontem que o problema do país não reside na distribuição dos médicos.

— Estamos mostrando com dados concretos que faltam médicos no Brasil, não só na comparação com países europeus, mas com países aqui do lado — declarou, ponderando que a classe médica será convidada ao diálogo.

Prioridade para 38 cidades no Estado

O ministro anunciou que a previsão é de enviar médicos para as regiões prioritárias do programa a partir de setembro. Em Santa Catarina, serão 38 municípios contemplados. A remuneração federal será de R$ 10 mil.

—  Está aberto o edital e todos os municípios que querem receber profissionais do Mais Médicos têm até 22 de julho para se inscrever. Confiamos que vários médicos brasileiros vão querer aproveitar essa oportunidade —  disse Padilha.

Sobre a importação de profissionais, um ponto de polêmica na proposta do governo, o ministro afirmou que médicos estrangeiros que vierem pelo programa serão destinados apenas para vagas que não tenham sido preenchidas por brasileiros.

A MP do Mais Médicos prevê diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, reduzindo as desigualdades regionais; fortalecer a prestação de serviços na atenção básica em saúde no país e ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS.

A prioridade é contratar médicos formados no Brasil. Um segundo grupo preferencial é o de brasileiros formados no exterior.

A estimativa inicial do Ministério da Saúde é a abertura de cerca de 10 mil vagas, mas o número pode mudar, já que os municípios ainda vão se inscrever no programa.

Mudanças no curso de Medicina

Além dos seis anos obrigatórios para a formação de médico, o estudante deverá trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde, nas unidades da periferia e do interior. A decisão foi anunciada em Brasília pela presidente Dilma Rousseff (PT), chamada de programa Mais Médicos.

Os alunos que ingressarem a partir de 2015 na universidade já terão a obrigatoriedade. A medida gerou polêmica em todo o País e, em Santa Catarina, as três entidades médicas a criticaram — Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc) e Associação Catarinense de Medicina (ACM).

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