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Polícia Civil anuncia possível greve

Depois dos agentes penitenciários e dos servidores municipais de Criciúma decretarem greve, a Polícia Civil pode anunciar uma paralisação para os próximos dias. Na quarta-feira, representantes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) de Santa Catarina, irão até Florianópolis deliberar algumas ações em assembleia. A Polícia Civil de Santa Catarina tem o salário mais baixo do país, segundo estudo do Sinpol.

As propostas da categoria serão encaminhadas ao governador Raimundo Colombo. O diretor de divulgação da Sinpol, o agente lotado na 1ª Delegacia de Polícia de Criciúma, Arilson Nazário, adianta que a principal reivindicação é o reajuste salarial.

“O sindicato foi reformulado e reestruturado. Estamos mais fortes. Na quarta-feira haverá a posse solene dos novos membros, depois disso será feito todo o engajamento acerca da questão salarial, com foco na garantia na aposentadoria e nas promoções para uma possível ascensão na carreira e a data-base”, esclarece.

Muitos chegam a abandonar a profissão

Indagado sobre a questão do efetivo, problema antigo e que parece insolúvel na segurança pública, Arilson diz que o número baixo é um reflexo da questão salarial.

“Estamos perdendo policiais para outras carreiras e muitos não se interessam pela atividade por conta da desvalorização salarial. Para estar na Polícia Civil tem que ter curso superior, o que exige uma boa condição financeira do futuro policial. Como o concurso é a nível nacional, muitos vem de outros estados, mas não conseguem se manter pelo custo de vida aliado ao salário não condizente. São motivos a mais para sair da corporação”, diz.

Segundo a pesquisa deste ano, com base no setor de recursos humanos do policial, em Santa Catarina são 3.205 policiais civis ativos. Na Região Carbonífera, que compreende 12 municípios, o número é de 152. Em Criciúma são 81 policiais civis.

“O mínimo ideal seria o dobro deste número. A resposta do Governo ainda não tem um prazo, mas não deverá ser longo. Esperamos um acordo, ou ao contrário, novos atos públicos e paralisações vão ocorrer. A greve não é descartada. Não queremos isso, porque vai prejudicar a população”, finaliza Arilson.

Talise Freitas / Clicatribuna

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