Um ex-detento foi flagrado trabalhando como vigilante no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. L.F.M.G., 35 anos, morador de Criciúma, cumpriu pena por violência doméstica e ganhou a liberdade em 2009. Ele já foi afastado do cargo.
A reportagem do jornal A Tribuna tentou entrar em contato com a empresa responsável, mas não obteve sucesso. Para fazer o curso de vigilante, é necessário certidão negativa de antecedentes criminais.
A denúncia chegou de uma visitante que reconheceu o até então vigilante em uma visita à unidade prisional. A preocupação dos servidores do sistema prisional é acerca da facilidade na triagem dos vigilantes que atuam na segurança dos complexos penais e diretamente com a massa carcerária, assim como os agentes penitenciários.
Ex-companheiros de cela
De acordo com um ex-funcionário da empresa, L. era companheiro de cadeia de quase 60% dos reclusos que ainda lá permanecem em uma das galerias.
“A indignação é com a falta de rigor na escolha desse pessoal. Eles podem trazer tranquilamente drogas, celulares e armas para a cadeia, já que não são revistados. E essa empresa atua em todo estado. Ele também pode ter feito alguma dívida no presídio, o que é comum, e ter pago de alguma forma levando algo irregular. A rotatividade de vigilantes no presídio é muito grande”, desabafou.
Talise Freitas