Transgênico é o nome dado aos alimentos, ou organismos geneticamente modificados. São sementes alteradas em laboratórios para serem resistentes a agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas.
Em defesa dos consumidores a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou o decreto 4680, de 24 de abril de 2003, que obriga a identificação de transgênicos no rótulo da embalagem ou no recipiente em que ele está contido “tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura”.
A identificação é feita com um símbolo: um triângulo amarelo ao redor de um “T” em negrito (ver foto). Segundo o nutricionista Marco Antônio da Silva, existem dois tipos de modificação genética nos alimentos. “Aquela que altera apenas uma característica própria do alimento, como por exemplo, deixar o tomate mais vermelho. E aquela que mistura informação genética de outra espécie para evitar agrotóxicos, que é o caso dos transgênicos”, diz.
Para ele é mais comum encontrar identificação de transgênico em alimentos industrializados que em alimentos naturais. “Nós consumimos transgênicos há muito tempo. Nunca vi identificação em alimentos vendidos avulsos”, comenta.
Conforme o portal GreenPeace, no Brasil os únicos transgênicos (com mistura genética) que já foram encontrados plantados foram a soja e o milho. “Atualmente, dos 99% de transgênicos plantados no mundo, 61% correspondem à soja, 23% o milho, 11% algodão e 5% canola”, diz o site.
Conforme o nutricionista, há uma polêmica que discute se estes tipos de alimentos fazem mal ou não à saúde e ao meio ambiente. “O objetivo dos transgênicos é deixar os alimentos mais resistentes aos agrotóxicos. Não existem estudos que comprovem algum impacto negativo seja no meio ambiente ou no indivíduo que o utiliza”, diz.
Bem ou mal: a polêmica
O portal Greenpeace desenvolve há anos uma campanha contra transgênicos. Os organizadores acreditam que os organismos geneticamente modificados causam impactos ambientais como a diminuição da biodiversidade, contaminação genética, surgimento de superpragas e a extinção de espécies. Além de causar danos à saúde humana aumentando casos de alergia e resistência a antibióticos.
De acordo com o nutricionista, muitos destes casos são mitos, principalmente os que dizem causar danos à saúde. Ele acredita que os transgênicos podem ser a salvação da produção de alimentos. “Acho que este será o modo de produção agrícola do futuro. Sabemos que é um procedimento difícil e cheio de pesquisas, mas com a tecnologia isso pode se tornar um nutriente a mais nos alimentos”, aponta.
Confira a lista de alimentos transgênicos feita pelo Greenpeace.
Mariana Noronha / Portal Satc