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Sul precisa de mais gás natural para continuar a crescer

A região Sul do Brasil trabalha, atualmente, no limite disponível para o recebimento de gás natural recebido através do Gasoduto Bolívia-Brasil. O gás é importado pela Petrobras para os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, e o volume contratado é de 2MMm³ por dia. A SCGás já opera na margem de limite de fornecimento para Santa Catarina, tendo seu pico registrado em julho de 2012, com o uso de 2,075 milhões de metros cúbicos no dia 30.

Nesta sexta-feira representantes das Federações das Indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se reunirão para um seminário promovido pelo Fórum Industrial Sul. O objetivo do encontro será apresentar ao setor industrial o cenário atual e futuro de suprimento, transporte, distribuição e tarifação do energético na região.

O gás recebido da Bolívia é, hoje, dividido entre os setores veicular (GNV), residencial e comercial. Em todo o Sul do Brasil, o setor comercial consome cerca de um terço de toda a demanda. No Sul de Santa Catarina, no entanto, as indústrias chegam a consumir cerca de 80% do valor total de gás recebido.  De acordo com o presidente da Câmara de Energia da Fiesc, Otmar Müller, os setores industriais que mais utilizam o gás no Sul de Santa Catarina são o cerâmico e coloríficos. Ele explica que, apesar de Santa Catarina estar trabalhando no limite, as indústrias já existentes não apresentam riscos. “As indústrias já estabelecidas serão abastecidas, assim como os clientes de gás veicular e residencial. O problema é que, com o limite, fica impedida a expansão. Não há mais como crescer, nem como serem criadas novas indústrias”, avalia.

Müller explica que a solução alternativa até que as redes de tenham um aumento no diâmetro da tubulação seria a injeção de gás importado através de navios. “Eles trariam o gás liquefeito para alimentar o Rio Grande do Sul. Com isso, o Sul de Santa Catarina teria gás disponível. Mundialmente isso já acontece, e no Brasil existem dois pontos, um no Ceará e outro no Rio de Janeiro. Na Bahia, outro ponto está sendo construído. Precisamos de um no Rio Grande do Sul ou Santa Catarina”, observa.

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