O mês de maio começa desafiador para a Rede Sustentabilidade, movimento que tenta se tornar partido nas próximas eleições presidenciais. Encabeçada pela ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a Rede corre contra o tempo na busca alianças e de assinaturas que aprovem a criação do partido. Em Santa Catarina, ainda não há um nome político forte aliado ao movimento. Em busca de apoiadores, Marina Silva chega a Florianópolis nesta sexta-feira, 3.
Para oficializar o movimento como o 31° partido nacional, são necessárias, até setembro, 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados brasileiros. A Rede não divulga quantas foram coletadas até agora em todo o país, mas reconhece que, da meta de 30 mil em Santa Catarina, ainda há pouco mais de 5 mil assinaturas contabilizadas.
Nas últimas eleições presidenciais, quando Marina concorreu pelo Partido Verde (PV), dos 19,6 milhões de votos, foram 507 mil no Estado. Em Florianópolis, a candidata foi a segunda mais votada, ficando à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) e conquistando 28,67% dos eleitores.
A aposta do movimento é a mobilização individual e voluntária na coleta de assinaturas. O voluntariado é peça-chave presente desde o estatuto registrado em cartório, no dia 27 de fevereiro, em Brasília. No estatuto, a Rede é declarada como “uma associação de cidadãos e cidadãs dispostos a contribuir voluntária e de forma colaborativa para superar o monopólio partidário da representação política institucional”.
:: Movimento tem foco no trabalho voluntário
Segundo a integrante da executiva nacional provisória da Rede em SC, Miriam Prochnow, apesar de ser um processo mais lento, o voluntariado leva a resultados mais duradouros.
– Com o trabalho voluntário, o ritmo fica um pouco mais lento do que poderia ser. Por outro lado, a gente sabe que, quando a pessoa faz isso de forma voluntária, elas querem mesmo participar – reforça.
Outra aposta do movimento é o público jovem e a comunicação por meio das redes sociais.
– Todos os nossos materiais estão disponíveis na internet. As pessoas que se identificam com a proposta podem fazer parte de forma independente, sem ter alguém liderando ou convocando reuniões. Os jovens devem estar mais engajados, porque a proposta toda está fundamentada para o futuro. Mas temos pessoas de várias idades e de diferentes setores que já são parte da Rede – explica ela.
Além de Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí, Caçador e Rio do Sul concentram os maiores números de assinaturas. Os principais temas em debate e que, se o partido for oficializado, serão a base da campanha, serão geração de energia e os modelos ideais para a educação. Na Capital, a agenda de Marina Silva começa às 15h, em caminhada no centro, e encerra às 19h, com palestra no auditório da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina.