Uma queda ao narcotráfico foi registrada na tarde de ontem na região. Uma mulher de 43 anos, moradora de Foz do Iguaçu (PR), foi presa em flagrante com 94 quilos de maconha e 14 quilos de crack.
Os entorpecentes renderiam no mínimo R$ 100 mil e R$ 400 mil, respectivamente, totalizando meio milhão de prejuízo a criminalidade. Desde 2007, a região carbonífera não contabilizava uma apreensão tão significativa de maconha.
Em relação ao crack, por exemplo, não há registro que ultrapasse quatro quilos, sendo esta o maior recolhimento da “pedra da morte” já realizada no sul catarinense.
A abordagem da Polícia Civil de Orleans e dos investigadores da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, que contou com apoio da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Lauro Müller, ocorreu na SC-390 (antiga SC-438), no Bairro Otávio Dalazen, em Orleans.
Segundo o titular da Delegacia de Orleans, o delegado Ulisses Gabriel, C.F.E. estava em um ônibus, linha Foz do Iguaçu (PR)/Criciúma. “Muito provavelmente a droga era para abastecer Criciúma”, acredita o delegado.
Havia cerca de dez passageiros, entre duas crianças, quando a mulher foi abordada, não apresentando nenhuma reação de nervosismo. A grande quantidade dos entorpecentes foi localizada no bagageiro do coletivo, dividido em quatro bolsas.
“Foi feita uma denúncia à DIC de Criciúma dando conta que uma mulher, de cerca de 45 anos, faria a entrega da droga. Atuamos em conjunto com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas, que sofreu um grande baque na região”, aponta Gabriel, ressaltando a importância da denúncia.
Entrega em troca de R$ 5 mil
Em depoimento, a mulher contou que receberia R$ 5 mil para fazer a entrega na Rodoviária de Criciúma. Ela informou que não conhecia quem ficaria com a droga e se contradisse nas versões. C. estava foragida desde o final do ano passado do Presídio de Lages, onde deveria, no mês de dezembro, retornar do benefício de saída temporária (sete dias em liberdade por bom comportamento e parte do cumprimento da pena).
Acusada estava foragida do sistema prisional
A mulher que foi presa em flagrante em posse da maior quantidade de drogas recolhida nos últimos anos na região, portava carteira de identidade falsa. Ela chegou a ser abordada em outra região recentemente, e como estava na condição de foragida, se livrou de ser novamente levada ao cárcere por estar com o documento falsificado.
Autuada também por documentação falsa
C. cumpria pena há dois anos por contrabando de cigarros. Ela foi autuada em flagrante por tráfico de drogas e uso de documentação falsa sendo encaminhada ao Presídio Santa Augusta, em Criciúma. Residente na cidade paranaense, a mulher chegou a contar aos investigadores que não era a primeira vez que estava em Criciúma e que a mãe dela mora no Bairro Nossa Senhora da Salete. As investigações prosseguem com o objetivo de enfraquecer o comércio de drogas.
Texto: Talise Freitas / Clicatribuna